Decorreu com muito sucesso a comemoração do Ano Novo Chinês em Caminha, uma iniciativa do Agrupamento de Escolas Sidónio Pais, repetindo o êxito do passado ano letivo quando se realizou pela primeira vez. Assinalar um grande momento festivo para o povo chinês, no seu país e na emigração, foi o pretexto ideal para aprofundar o conhecimento sobre a China e o melhor modo de exprimir a amizade e o respeito pela comunidade chinesa que vive e trabalha no concelho, nomeadamente pelos alunos que frequentam as escolas do agrupamento e se evidenciam pela sua postura cívica e aplicação nos estudos.
O ponto alto do evento foi o recital de música e dança chinesas “Festival da Primavera” apresentado na noite de 20 de fevereiro no Auditório da Santa Casa da Misericórdia pelo Grupo Artístico do Departamento de Estudos Asiáticos do Instituto de Letras e Ciências Humanas da Universidade do Minho e do Instituto Confúcio. Pela primeira vez, Caminha teve oportunidade de ver e ouvir ao vivo um conjunto de danças e músicas tradicionais chinesas interpretadas com graça e elegância por jovens asiáticas a fazerem Erasmus na Universidade do Minho, acompanhadas por colegas portuguesas que estão na mesma universidade a aprenderem mandarim e cultura chinesa. Um espetáculo único, ensaiado propositadamente para ser apresentado em Caminha, graças à boa vontade das professoras Lin e Andrea Portelinha, do Instituto Confúcio, e à colaboração da Câmara Municipal de Caminha que custeou o transporte e a estadia da comitiva luso-chinesa.
De entre as outras iniciativas levadas a cabo ao longo desse dia na Escola Básica e Secundária Sidónio Pais, destacaram-se a ementa especial na cantina com um prato de gastronomia chinesa confecionado pelas cozinheiras da escola a partir dos ensinamentos de um encarregado de educação de nacionalidade chinesa; a exibição de kung-fu-sandá, uma arte marcial oriental, por alunos da escola, sob a supervisão do mestre Pedro Borges; a realização de ateliês de Pintura, Caligrafia e Recorte de Papel sob a orientação de monitores do Instituto Confúcio; a decoração da escola com motivos chineses elaborados na disciplina de Expressão Plástica pelos alunos da professora Rosa Duarte; a passagem no monitor do polivalente do diapositivo “China Hoje”, feito pelos alunos Diliang Li e Ying Ying com a ajuda da professora Benvinda Madeira, a mesma docente que disponibilizou da sua coleção particular os objetos que constituem uma exposição sobre o Chá Chinês que está patente na Biblioteca até ao final do mês de fevereiro; finalmente, a leitura e a análise nas salas de aula de Português do 2º ciclo do livro “Missão Impossível”, de Isabel Alçada e Ana Maria Magalhães, uma edição da Fundação Jorge Álvares que aborda as seculares relações entre Portugal e a China. Fotos | Filme
