Apesar do inesperado Apagão ter condicionado o programa da deslocação a Lisboa, foi ainda assim possível aos alunos da turma 11º C do Curso de Artes Visuais da Escola Básica e Secundária de Caminha, graças a um providencial gerador, apresentar no dia 28 de abril na Fundação Calouste Gulbenkian o seu trabalho "Perspetivas Veneza-Caminha 2100", distinguido pelo júri juntamente com outros quatro de outras tantas escolas do país.
O projeto foi desenvolvido em resposta ao programa "Desafi'Arte Veneza em Festa" da Rede de Bibliotecas Escolares e do Museu Calouste Gulbenkian, este ano letivo centrado na exposição "Veneza em Festa: De Canaletto a Guardi", que esteve patente no Museu Gulbenkian entre 25 de outubro de 2024 e 13 de janeiro de 2025 e foi conhecida pelos alunos através de uma visita guiada à distância e pelo respetivo catálogo. Foram disciplinas participantes História da Cultura e das Artes e Desenho, e foi essencial para a produção do vídeo final — que pode ser visto aqui — a ajuda prestada por um ex-aluno da EBSC, José Filipe da Purificação, na atualidade um profissional de arte e multimedia digital, no âmbito de uma parceria estabelecida com a Junta de Freguesia de Caminha e Vilarelho.
Respeitando as características do programa, que implicava o tratamento das temáticas da exposição, os jovens estudantes de Artes exploraram nos âmbitos informativo e artístico, entre os registos realista e fantasista, os paralelismos entre as situações da cidade italiana e a vila de Caminha, de diversa escala urbana mas ambas povoações ribeirinhas, na questão climática da subida do nível das águas perspetivada para o ano de 2100 por respeitados estudos científicos.
No início da sua apresentação, foi recordada a forte ligação do município de Caminha à Fundação Calouste Gulbenkian, que foi iniciada em 1958 com a instalação na nossa vila de uma das primeiras Bibliotecas Itinerantes Gulbenkian. Em 1979 essa parceria seria reforçada com a organização de uma exposição sobre António Pedro, e, nos anos seguintes, resultou na instalação de duas Bibliotecas Fixas Gulbenkian, uma em Vila Praia de Âncora e outra em Caminha, esta última inaugurada em 1993, juntamente com o Museu Municipal.
Acompanharam os alunos na longa viagem de autocarro à capital — inesquecível pelo dia especial com que coincidiu —, os professores das disciplinas referidas, bem como a coordenadora distrital da Rede de Bibliotecas Escolares, a quem se devem as imagens recolhidas e aqui mostradas.
