Para assinalar o Dia em Memória das Vítimas do Holocausto, a equipa do Plano Nacional de Cinema no agrupamento programou a exibição do filme "Au revoir les enfants" — Adeus Rapazes —, um filme francês de 1987, realizado por Louis Malle, baseado em eventos da sua própria infância, quando, aos doze anos (corria o ano de 1944), na França sob ocupação alemã, estudava num colégio interno católico que acolheu clandestinamente alguns rapazes judeus, para os tentar livrar da deportação para os campos de concentração. Tiveram oportunidade de assistir ao filme, primeiro no auditório da Biblioteca da escola-sede, e posteriormente na EBSVA, os alunos das turmas do ensino secundário que frequentam as disciplinas de História e História da Cultura e das Artes, em colaboração com o Departamento de Ciências Sociais e Humanas.
Em 2005, a Organização das Nações Unidas instituiu o dia 27 de Janeiro, como data para recordar o Dia em Memória das Vítimas do Holocausto, quando seis milhões de judeus e centenas de milhares de ciganos, homossexuais, testemunhas de Jeová e outras minorias foram vítimas do nazismo. A grande maioria eram Judeus, que o Nazismo considerava uma raça inferior e perigosa pela sua influência político-económica no mundo, pelo que devia ser exterminada. Atualmente, nas palavras recentes do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, “o antissemitismo é a forma mais antiga, mais persistente e enraizada de racismo e perseguição religiosa no mundo” e encontrou a sua forma mais atroz no Holocausto. A revolta universal contra este crime, seguida da fundação da ONU e da assinatura da Declaração Universal dos Direitos Humanos, prometia o fim do ódio. Mas o antissemitismo não acabou. Depois de décadas na sombra, as ideias racistas e xenófobas voltam a ganhar terreno, desta vez à boleia da pandemia de covid-19. Nos últimos tempos, temos assistido à negação, distorção e minimização do Holocausto. O racismo está a organizar-se por todo o mundo e a recrutar além das fronteiras, promovendo valores desumanos.