Deu entrada no fundo documental das Bibliotecas Escolares do agrupamento, a título de oferta, uma nova publicação de caráter local, intitulada "O Barco de Vilar de Mouros e outras embarcações do Rio Coura", o VII Caderno do Património Vilarmourense editado pelo Grupo de Estudo e Preservação do Património Vilarmourense (GEPPAV), que desde 2004 tem vindo a investigar a história da freguesia e a memória coletiva do seu povo no contexto da região do Alto Minho.
De acordo com os seus autores e editor, até um passado recente, o Coura desempenhou um importante papel na vida e na economia dos vilarmourenses, da pesca e transporte, aos serviços agrícolas e ao simples recreio, mas desde há cerca de trinta anos que praticamente deixaram de se ver no rio, cada vez mais assoreado e invadido por vegetação, quaisquer embarcações. Pesquisando nos arquivos da Capitania do Porto de Caminha, do Arquivo Histórico da Marinha, do Aquamuseu do Rio Minho e do Museu Marítimo de Ílhavo — neste último, o Fundo Especial Octávio Lixa Filgueiras, ali depositado pela família do mais relevante investigador das embarcações tradicionais portuguesas —, obtivemos a comprovação científica para reivindicar a especificidade de uma embarcação própria do Coura, o “Barco de Vilar de Mouros”, os pequenos barcos de fundo chato, de proa e popa afiadas (na freguesia conheciam-se vulgarmente por bateiras), que antes navegavam rio acima, rio abaixo e cujo rasto, como apurámos, se perde nos tempos.