ClimActic no AECC

ClimActic no AECC

Na passada quinta-feira, 9 de dezembro, realizou-se na Biblioteca da escola-sede do Agrupamento de Escolas do Concelho de Caminha a primeira reunião presencial relativa ao projeto ClimActic no nosso agrupamento, com a presença de Eunice Macedo e Carla Malafaia, investigadoras da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto, e docentes do agrupamento envolvidos no projeto, nomeadamente as professoras de Geografia Rosária Carrilho, que coordena localmente, e Raquel Melo.
Explique-se que o ClimActiC — CidadaniaPeloClima: Criando Pontes entre Cidadania e Ciência para a Adaptação Climática — é um projeto europeu que em Portugal é assumido por um consórcio constituído pelo Centro de Investigação e Intervenção Educativas da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto; Laboratório de Processos de Separação e Reacção - Laboratório de Catálise e Materiais da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto; Centro de Física das Universidades do Minho e do Porto; Faculdade de Ciências da Universidade do Porto; ainda pelo Centro de Psicologia da Universidade do Porto. O projeto decorrerá entre julho 2021 e junho 2023 (ver mais aqui) e articula cidadãos, ciência e políticas públicas na gestão da adaptação às alterações climáticas, aprofundando o conhecimento sobre os desafios ambientais e os processos de mudança comportamental e societal, e gerando espaços de comunicação e cocriação entre cientistas, jovens, ativistas, agentes económicos e decisores políticos para elaborar recomendações para uma região Norte mais resiliente e adaptada. Para tal, promoverá três dispositivos de intervenção que funcionarão ao longo de todo o projeto e para os quais será solicitada a participação ativa de representantes das CIM. O primeiro inclui uma Comissão que acompanhará e monitorizará as atividades do projeto. O segundo constitui-se um conjunto de laboratórios colaborativos como plataformas de encontro e diálogo entre vários agentes sociais e políticos, incluindo cientistas, professore/as, estudantes, ativistas, decisores políticos, entre outros/as. Por fim, o terceiro privilegia o trabalho em escolas, com professora/es e jovens do 3.º ciclo do ensino básico e do ensino secundário, no desenvolvimento de projetos educativos com foco na educação climática, em parceria com investigadores/as do projeto e outros agentes sociais.
É nesta última vertente que está integrado o Agrupamento de Escolas do Concelho de Caminha — um dos nove agrupamentos escolares participantes, todos do Norte do país —, concretizando-se essa intervenção através da disciplina de Geografia, do 7º ao 12º ano, em ambas as escolas secundárias do agrupamento, abrangendo assim transversalmente todas os grupos etários.
Quanto às Bibliotecas Escolares, a sua participação no Climactic terá três vertentes, a saber: a) Disponibilização de listas temáticas a professores e alunos relativas ao tema em análise, facilitando a consulta de bibliografia e webgrafia; b) Aplicação aos alunos envolvidos na pesquisa, em conjunto com os docentes do projeto, de um conjunto de instrumentos de aprendizagem e avaliação no campo da literacia digital; c) Registar e divulgar na comunidade escolar e envolvente os vários passos do processo, como se está agora a fazer.
Finalmente, importa referir que, constituída a equipa que no agrupamento participará no projeto, o próximo passo será a identificação de um problema local no âmbito das Alterações Climáticas a pesquisar e trabalhar pelos alunos, o que deverá ser feito no início do 2º período, quando também se desenvolverá uma primeira ação de formação dos docentes integrantes do projeto.