Eduardo Miguel Porto Costa, do 6 º D, turma de Português da professora Ana Paula Ribeiro, foi distinguido com o Prémio Especial do Júri na modalidade de Texto Original (2.º Ciclo) no Concurso “Uma Aventura... Literária 2014”. O aluno da Escola Básica e Secundária Sidónio Pais verá o seu texto (ler abaixo) publicado e receberá ainda como prémio um cheque-livro. Este ano a Editorial Caminho recebeu a concurso 10 035 trabalhos individuais e de grupo, de mais de quatrocentas escolas do ensino básico e secundário de todo o país. De entre eles, o Júri decidiu destacar o Eduardo Costa que, com os seus pais, participará na cerimónia pública de entrega dos prémios, que decorrerá no dia 2 de junho, às 14.30 horas, na Feira do Livro de Lisboa (Parque Eduardo VII), onde também estarão presentes as escritoras Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada na festa destinada aos premiados e seus familiares. Parabéns, Eduardo!
ALMA GÉMEA, por Eduardo Miguel Porto Costa
Era uma vez uma borboleta chamada Mariana, que vivia num país de campos verdes e floridos. Todas as manhãs, quando o sol já ia quente, e todas as flores estavam abertas para serem visitadas por pequenos pássaros e insetos, Mariana, mesmo sem dominar a técnica completa do voo, saía de casa acompanhada de perto pela mãe.
— Mariana, não te afastes, existem ainda muitos perigos que tu desconheces e que deves ir aprendendo comigo a evitá-los!
Certo dia, como as crianças pequenas e curiosas, Mariana resolveu voar sobre um riacho e mirar-se nas água límpidas. O que viu deixou-a profundamente surpreendida.
— Olha que coisa esquisita, uma borboleta igual a mim! Mas a minha mãe nunca me disse que eu tinha outros irmãos, muito menos uma irmã gémea.
— Olá, amiga, também te chamas Mariana?
Do riacho não surgiu qualquer resposta e a borboleta espelhada teimava em repetir tudo o que a Mariana fazia.
— Que giro, ela repete o que eu faço! Vou experimentar uma palhaçada — foi com surpresa que Mariana comprovou que a sua nova irmã fazia tudo igual a si.
Então, começou a chamar:
— Mãe, Mãe, vem cá, rápido, encontrei a mana, mas ela não fala!
A mãe de Mariana, que voava nas redondezas, muito surpreendida, retorquiu:
— O que dizes, Mariana? Não sejas doida, tu não tens nenhuma irmã!
— Mãe, anda cá, a minha irmã está a voar ali em baixo, junto ao riacho.
— Ora, Mariana, não é a tua irmã que está a voar ali em baixo, mas sim o teu reflexo.
— Reflexo! O que é isso, mãe, é alguma doença?
— Não, filha, é apenas a imagem refletida na água... queres ver, eu também tenho uma irmã gémea.
E nisto, voando para junto da filha, também o seu reflexo apareceu nas águas do riacho.
- Oh, mãe! Agora, sim, fiquei confusa, além de uma irmã gémea, tenho duas mães.
Eduardo Miguel Porto Costa